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quinta-feira, 24 de julho de 2008

entrevista com felipe andreoli


"Brinco, mas não humilho" Em entrevista ao Famosidades, o jornalista Felipe Andreoli, do programa "CQC" (Custe o Que Custar), conta os melhores momentos da carreira.

"Posso brincar, mas não é do meu caráter humilhar alguém", diz o repórter do programa "CQC" (Custe o Que Custar) Felipe Andreoli. O jornalista é um dos sete homens de uma das principais novidades da televisão brasileira neste ano, que é exibida às segundas-feiras, às 22h15, e aos sábados, às 20h15, na Band. Jornalista formado na FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), Felipe atua na área de comunicação desde os 19 anos, mas ainda pequeno já acompanhava o seu pai, o jornalista Luiz Andreoli, nas atrações esportivas na TV Globo e Bandeirantes. "Meus pais são separados e nos dias que ficava com ele, sempre estava em estúdio. Por conta disso, a minha paixão pelas câmeras só cresceu com o passar do tempo", conta o jovem, que trabalhou também em um programa evangélico, da Rede Record. Determinado, Felipe Andreoli já fez de tudo um pouco. "Teve uma vez que me vesti de Gustavo Kuerten e saí nas ruas. Eu perguntava para as pessoas se elas conheciam o Guga e todas respondiam que sim, mas quando questionava sobre o que era set, ninguém sabia responder", comenta o repórter. Com um estilo descontraído, Felipe sempre fez reportagens, videorreportagens e apresentações mostrando os fatos de maneira diferente nas emissoras pelas quais passou, como TV Cultura e Rede Record. Por essa razão, foi convidado para participar do "CQC", onde está desde março. A atração, que tem versões no Chile, Espanha e Itália, causa polêmica e os repórteres já foram proibidos de realizar matérias no Congresso Nacional. Confira a entrevista completa do jornalista Felipe Andreoli para Famosidades. FAMOSIDADES - Como começou sua paixão pelo jornalismo? FELIPE ANDREOLI - Até parece clichê o que eu vou falar, mas está no sangue. Sempre sonhei em seguir essa carreira. Sou filho de jornalista e desde criança o acompanhava em programas esportivos. Com isso, passava horas em estúdios e aprendi muita coisa com as pessoas que trabalhavam com ele. Adorava o barulho das máquinas de escrever e as luzes. Antes de ser repórter do "CQC", da Band, você trabalhou em outras emissoras e até em um programa evangélico. Como foi essa experiência? Em todos os lugares que eu passei, aprendi muito. Tinha um jeito alternativo de fazer reportagens, videorreportagens e apresentações, mas sempre preferi a área esportiva. Eu gosto de informar os telespectadores de uma forma leve. Teve uma vez que me vesti de Gustavo Kuerten e saí nas ruas. Eu perguntava para as pessoas se elas conheciam o Guga e todas respondiam que sim, mas quando questionava sobre o que era set, ninguém sabia responder. Esta foi a maneira que achei para explicar e deu certo. Ao contrário do "Pânico na TV", da RedeTV!, o programa "CQC" promove um "jornalismo humorístico". Você faria uma atração "escrachada"? Não é do meu caráter. Eu até brinco com as pessoas e faço algumas perguntas indiscretas, mas seria incapaz de humilhar alguém em razão da audiência. Não estou questionando a competência de ninguém, mas eu não aceitaria e nem é esta a nossa proposta. Procuramos informar as pessoas de uma forma bem-humorada. Só isso. Teve alguma pergunta indiscreta que você se arrependeu de ter feito? Uma vez perguntei para a Karina Bacchi sobre o piercing que ela colocou na área genital. Simpática, ela só sorriu. Mas não me arrependi, porque ela realmente tinha divulgado e teve uma grande repercussão. Você já foi ofendido por alguém? Já sim. Eu estava no aniversário da apresentadora Ana Maria Braga e perguntei para o cantor Luciano, da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, se a comida da global chegava à mesa da população. Ele não entendeu a pergunta e falou que eu estava ofendendo a Ana Maria no dia do aniversário dela e aquilo era um absurdo. Eu escutei atentamente e não falei nada para respeitá-lo. Há pessoas que não sabem brincar e, para não ficar uma situação chata, prefiro ficar na minha. Vocês também já foram proibidos de entrar no Congresso Nacional e arrecadaram mais de 200 mil assinaturas. Como foi isso? Isso foi um absurdo. Nós estávamos credenciados para fazer matérias na Câmera. Quando saímos para entrevistar um deputado, a assessoria proibiu a nossa entrada alegando que não éramos jornalistas. Isso é censura. Somos jornalistas e temos nossos direitos. Conseguimos muitas assinaturas a nosso favor e fomos liberados. Com a aproximação da eleição, os políticos mudaram de postura com vocês? Eles mudaram totalmente de atitude. Os que nunca falavam, nos procuram para expor a opinião. Tem um episódio com o Gilberto Kassab muito engraçado. Eu fiz uma pergunta e ele me ignorou completamente. Quando estava gravando que ele não queria falar com a gente, o assessor de imprensa me chamou e afirmou que ele responderia às perguntas. Enquanto nós éramos filmados, um fotógrafo registrou a cena e no outro dia estava no blog dele a nossa foto. Como se o "CQC" o apoiasse. Nós somos do partido do programa "CQC". Isso não existe. O Maluf afirmou, recentemente, que assiste ao programa. Acha que falou isso apenas para se promover? Eu até acredito que assista mesmo. Afinal de contas, falamos sobre política também. Mas com certeza agora todos vão amar o programa (risos). O músico Tico Santa Cruz fez um protesto em seu blog sobre o caso Daniel Dantas (Dantas é dono do banco Opportunity e acusado de tentar subornar um delegado da Polícia Federal). Acha que as pessoas que estão na mídia deveriam se envolver mais? Os jornalistas e apresentadores, com certeza. A política chega em todos os lugares e não é aproveitada. Com relação aos famosos, acho que todos eles deveriam usar a imagem não só para divulgar os trabalhos como também para fazer com que o público se torne mais consciente. Eles deveriam fazer campanhas pedindo para o telespectador ler mais sobre o candidato que vai votar ou sobre o atual presidente e prefeito da cidade que mora. Conscientizar também que há muitos políticos com a ficha suja e que isso é importante na hora de eleger o seu candidato. Você acha importante que o programa se diferencie dos demais humorísticos e traga o tema política como um dos principais? Com certeza. E eles são os melhores para sacanear, pois a gente faz perguntas informativas, que vão ajudar a população. Antes do programa, gostava do tema? Eu lia bastante, mas não tanto quanto hoje. Atualmente, procuro me informar de tudo e leio jornais diariamente. Antes, eu sabia só o básico de política. Era mais interessado em esportes (risos). A atração é um grande sucesso. Como é o carinho nas ruas? O melhor possível. Todos comentam e elogiam. Quando eu passo, sempre gritam: "Oi, CQC". É engraçado.