Música na televisão, hoje, é um caso para melhor análise. A audiência é quase sempre insignificante.
A estreia da "Fazenda", no final de semana, deixou nervosos os bastidores das emissoras, levando a Globo ao ineditismo de chamadas ao vivo do seu "Fantástico" e, depois da apresentação dele, exibir um especial do Roberto Carlos.
De duas, uma: ou o bicho não era tão feio como parecia ou a estratégia funcionou. Em nenhum momento a novidade da Record incomodou a líder de audiência. O "Show da Vida", números fechados, marcou 24 contra 16.
A grande decepção da noite de domingo foi o especial de Roberto Carlos. Para a televisão, um espetáculo gelado e sem graça. No ar das 23h05 às 00h25, o programa não teve a delicadeza de mostrar as 20 cantoras que se apresentaram no Theatro Municipal. Só 14 apareceram, deixando de fora nomes como Marina, Paula Toller, Celine Imbert, Rosemary, Adriana Calcanhoto e Martinalia, que só apareceram na música final, quando todas dividem a canção com ele. Há um mal-estar no circuito.
Qual o critério, se é que houve algum? Por que, ao invés de cortar alguém, não eliminaram os desnecessários depoimentos?
É uma explicação ou satisfação que os diretores Roberto Talma e Monica Gardenberg ficam devendo.