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sábado, 18 de julho de 2009

José Armando Vanucci fala de ''Vende-se um véu de noiva''


por José Armando Vannucci


“Vende-se um Véu de Noiva” não é a obra prima das novelas brasileiras, está longe de entrar para a lista das melhores da década e peca ao tentar revolucionar com mais externas do que cenas gravadas em estúdios. Minha avó costumava dizer que, para agradar às visitas, mais valia um arroz e feijão bem temperado do que um prato sofisticado sem sabor e que você ainda corre o risco de errar. Ela estava certa, absolutamente certa, como o tempo provou. E tenho certeza que o tempo provará que o melhor para “Vende-se um Véu de Noiva” era seguir a receita mais simples e conquistar público num momento em que a concorrente não vai bem com suas novelas. Na trama de Íris Abravavel as cenas externas acabam limitando o ator, que fica preso a um espaço e precisa justificar sua presença numa praça, calçadão ou praia. E ai é aquele vai e vem para direita/esquerda, passo para a frente, virada … No cenário tradicional o resultado seria o mesmo, ou até melhor.
Mas “Vende-se um Véu de Noiva” tem seus pontos positivos, entre eles a bela fotografia das cenas externas e uma coloração diferenciada. Tem também o bom trabalho de Maria Estela e Elaine Cristina, duas experientes atrizes que tornam real a rivalidade entre Cora e Eunice, a tia boa e protetora contra a prima que é capaz de matar para ficar com o homem que ama. Gosto de acompanhar as cenas com as duas e quando vejo já assisti a um capítulo inteiro, mesmo com excesso de externas.