Pré - carnaval
apartir de ontem de quarta para quinta aconteceu a primeira noite do festival de verão da bahia com as atrações :
1º biquini cavadão
2º daniela mercury
3º chiclete com banana
4º o rappa
5º A zorra
Biquini Cavadão resgata rock dos anos 80 no Festival de Verão
Francisco de Assis
Direto de Salvador
A primeira apresentação do Festival de Verão 2009 trouxe de volta as lembranças do velho rock n' roll dos anos 80. Foi assim durante as quase duas horas de show do Biquini Cavadão.
Uma atração especial para a abertura da noite desta quarta-feira que reuniu uma coletânea de hits da Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Cazuza e Barão Vermelho.
"Boa noite, galera. Quero dizer que estamos honrados de abrir este festival em Salvador. É muito bom ser a primeira banda desse festival. Esse show faz parte do nosso DVD, que gravamos no ano passado sobre o rock dos anos 80", afirmou o vocalista Bruno Gouveia, segundos depois de cantar Exagerado.
Além das composições de outras bandas, o Biquini Cavadão trouxe em seu repertório alguns dos sucessos que marcaram a trajetória do grupo, como Zé Ninguém e Vento Ventania.
O show contou ainda com a participação de convidados especiais em um telão projetado no palco que reuniu a presença em áudio e vídeo de Cláudia Leitte e Tico Santa Cruz, do Detonautas.
Mas no meio de tantos personagens, o vocalista ganhou a platéia com a interação com o público, chegando a colocar um fã em cima do palco durante a apresentação.
"Eu curto muito a banda. Estava na frente, pulando e ele me chamou. Foi muito massa. Quando garoto curtia demais o Biquini e imitava a turma no palco. Dessa vez, trago meu filho e ele me dá esse presente. São aqueles 20 segundos de fama", disse, empolgado, o comerciante e fã Ronival Santos.
Para os amantes do Biquini Cavadão que tem, ainda, Miguel Flores da Cunha no piano; Álvaro Pietro Lopes na bateria; e Carlos Augusto Coelho na guitarra, a abertura do Festival de Verão foi uma oportunidade para voltar ao tempo.
"Eu sou da geração 80. Isso aqui é demais. Está faltando gente desse tipo, como o Biquini", disse o contador Alexsandro Basfes. "Gostei. Me fez lembrar muita coisa boa. Foi muito bom", acrescentou a esteticista Clélia Domingues.
O show foi uma oportunidade para os jovens que não viveram os anos 80, mas que de alguma forma tiveram contato com a geração de Cazuza e Renato Russo. "Meu pai ouve esse tipo de som, então, apesar de não ter vivido isso de perto, cresci em contato com essas músicas. Bem interessante", comentou a estudante Raísa Passos Teixeira.
Ao término do show, apesar dos elogios, a banda não polemizou e evitou falar na perda de qualidade do atual rock brasileiro. "Tem uma galera boa por aí. Aliás, o rock no Brasil vai bem. O que sinto é que falta um pouco de espaço na mídia para que algumas bandas boas consigam aparecer", afirmou o vocalista.
Em relação à mudança na forma de comercialização da música, o cantor se disse adaptado à nova era. "Trabalhamos com canções para internet. Na verdade, o CD perdeu um pouco de espaço, mas não quer dizer que acabou. Tem gente que gosta de ver o encarte e ler as letras. É o meu caso. Mas está perdendo espaço. E se a gente vir, muita gente ainda gosta mesmo é do vinil", contou.
Daniela Mercury leva diversidade para o Festival de Verão
Fabiane Madeira
Direto de Salvador
Reggae, música eletrônica e axé foram apenas alguns dos ritmos que Daniela Mercury levou para o palco do Festival de Verão em Salvador. Mais uma vez, a cantora apresentou um show rico em elementos culturais e não se preocupou em misturar ritmos e canções consagradas da música baiana como Swingue da Cor e Prefixo de Verão com novas apostas como Oya pra nós, sua música para o Carnaval.
A cantora homenageou os afoxés, que neste ano são o tema do carnaval de Salvador, ao saudar o Filhos de Gandhy. Engajada, Daniela também defendeu a importância do Olodum na luta pelo fim do preconceito contra os negros e na divulgação da cultura afro.
"O Olodum transformou discriminação em dignidade", ressaltou. A partir de então, Daniela começou a desfilar alguns dos principais sucessos do grupo percussivo como Olodum é Rei, Força e Pudor e Faraó.
Na última parte do show, Daniela chamou ao palco Margareth Menezes, que não está na grade do Festival de Verão deste ano, para uma participação especial. Juntas, cantaram sucessos como Maimbê Dandá.
Vocalista do Chiclete adianta Carnaval e lança nova música
Francisco de Assis
Direto de Salvador
Um show para levantar a galera. Foi assim na terceira apresentação da noite do Festival de Verão de Salvador. Depois de curtir a irreverência dos anos 80 com Biquíni Cavadão e a magia de Daniela Mercury com a participação especial de Margareth Menezes, a platéia baiana saiu do chão e dançou por quase três horas ao som de Chiclete com Banana.
"Demais. A Bahia está em festa hoje. Mais um ano com os chicleteiros aqui presente. Rapaz, vou te dizer... vamos fazer dessa noite uma noite chicleteira", afirmou Bell, o líder da banda e vocalista do grupo.
Às vésperas do Carnaval, o compositor aproveitou para lançar a música Flutuar, tema que tem tudo para agitar um dos mais assediados blocos da capital baiana.
"Nós nunca escolhemos uma canção para trabalhar. É claro que sempre têm duas que mandamos para as rádios, mas isso não tem muito a ver porque a turma começa a gravar os nossos sons e a piratear. Então todo o mundo canta nas ruas e as rádios acabam se vendo obrigadas a tocar", acrescentou o cantor.
Para o Festival de Verão, a banda variou no setlist. "Não trabalhamos com repertório. Nosso repertório é muito forte, mas não há uma ordem. Escrevo uma lista de músicas apenas para não esquecer e aí tocamos conforme o sentimento da galera", conta.
Cinqüenta mil pessoas conferiram a canção Flutuar, que será lançada oficialmente no próximo Carnaval. Se depender dos fãs, o arranjo musical será um sucesso.
"Gostei muito da música. Vai estourar nesse carnaval, com certeza. Ela agrada a todas as idades, não só os jovens, como adolescentes e pessoas mais velhas. Tem 20 anos que acompanho o Chiclete", diz um chicleteiro.
Na platéia, entre os fãs do grupo, estava a atendente Marta Maria Tavares Machado da Silva. Aos 60 anos, ela saiu de Belo Horizonte para conferir a performance do grupo e aproveitou a madrugada para chacoalhar o esqueleto.
"É a primeira vez que venho a um show na minha vida. Disse ao meu filho de 25 anos que viria e ele me chamou de louca. Era um sonho que queria realizar. Adoro Chiclete com Banana", disse.
Com a pista cheia, a banda agradou a todos os gostos e idades. "Sou da Paraíba e vim para Salvador por causa deste festival. Cheguei de viagem hoje e não dormi nada. Estou descansando", brincou a fisioterapeuta Jadcely Serafim.
"Pra mim, o Chiclete é uma das bandas que mais anima e levanta a galera. Não dá para ficar parado com ele. Não tem como. É um astral maravilhoso", acrescentou a professora Maria de Fátima Diniz.
Com o sorriso na cara e a tradicional bandana sob os cabelos encaracolados, o compositor arrancou aplausos de toda a platéia. "Beleza, sou fã. Vale à pena assistir. A animação que eles transmitem para a galera é muito grande. É um show diferente. Inesquecível. Quem vem a primeira vez jamais deixa de voltar", disse o empresário Felizardo Felix Neto.
Descontração, também, nos camarotes. "Está virando uma tradição. É a segunda vez que estou vindo. Estive aqui quatro anos atrás e a estrutura mudou muito. Há detalhes de iluminação e carpetes por todo o palco para não levantar poeira. Está crescendo, evoluindo", complementou o comerciante Geovani Zorzo.
Nos bastidores, o compositor contou o segredo do sucesso. "Percebo isso, a bandana me ajudou muito a criar uma marca forte. As pessoas me conhecem por ela", disse. Perguntado, sobre o modelo criado por Axl Rose, líder do Guns 'n' Roses, no fim dos anos 80, o cantor polemizou: "Os clones todos usam", ironizou. "Tenho medo de cortar o cabelo e a barba e não me conhecerem."
Com relação a data do novo CD, o baiano também seguiu com a mesma teórica de Axl Rose: "O baiano é exigente, principalmente, com a sua música. E é um direito dele. Ou ele gosta ou não. Não tem meio termo. Não temos pressa para lançar um álbum porque ele tem que sair bem feito". A expectativa dos fãs é para que o álbum não demore 15 anos para ser lançado.
O Rappa leva rock para o Festival de Verão
Fabiane Madeira
Direto de Salvador
Depois da massa chicleteira agitar o primeiro dia do Festival de Verão de Salvador foi a vez dos roqueiros de plantão curtirem a banda carioca O Rappa.
O grupo apresentou seus principais sucessos e foi a primeira atração da edição 2009 do festival a retornar ao palco com pedidos de bis do público.
Entre os sucessos que embalaram os baianos estão Minha Alma, Rodo Cotidiano, Me Deixa, Pescador de Ilusões e O Salto.
O rock pesado não afastou o público, que se divertiu e gritou diversas vezes o nome do grupo e do vocalista, Falcão. "Essa cidade é roqueira também", definiu o lider da banda.
O único problema da apresentação foram as diversas brigas.
Nesta quinta-feira, o palco principal do Festival de Verão recebe Jota Quest, Ana Carolina e Banda Eva.
A principal atração da noite é Ivete Sangalo, que promete chegar carregada ao palco, cantando Dalila, sua música para o Carnaval.
A Zorra fecha primeira noite de shows do Festival de Verão
Francisco de Assis
Direto de Salvador
A banda baiana A Zorra fechou nesta madrugada a primeira noite de apresentações do Festival de Verão 2009. O grupo subiu ao palco por volta das 4h e comandou um show com muita energia e agitação com a responsabilidade de cantar depois dos respeitados Biquíni Cavadão, Daniela Mercury, Chiclete com Banana e o Rappa.
Chegou, chegou o festival minha gente. Olha só a Bahia, que coisa bonita. Vamos caprichar para fechar bem essa madrugada. Vamos chegar mais e dançar para alegrar essa festa bonita", afirmou o vocalista e guitarrista da banda, Léo Cavalcanti, em sua primeira conversa com a platéia.
A Zorra abriu o show com o hit Solteiro em Salvador. A música já ganhou as vozes de Rapazzola e Chiclete com Banana em outros Carnavais.
A banda, que alcançou o sucesso em 2008 tocando nos blocos Nana Banana e D+, trabalha atualmente a canção Resposta, uma das mais tocadas das rádios de Salvador.
"Vale à pena assistir um show desse. É uma banda muito nova, recente, que está despontando no cenário brasileiro", disse o advogado André Sampaio. "É o máximo. Gosto pra caramba deles. Tenho um carinho muito grande pela Zorra", acrescentou a dentista Isabela Neves.
A apresentação durou pouco mais de uma hora e fechou em grande estilo a primeira noite de um dos mais importantes festivais da música nacional.
"Foi legal. Está valendo. Tudo muito misturado", comentou o estudante Felipe Prestes. "Demais. Vou estar em todas as noites e se a qualidade dos shows se repetirem, como eu penso que vai acontecer, então estarei satisfeito em participar", finalizou o comerciante Flavio Soares.
Pela programação oficial do Festival de Verão, subirão ao palco nesta quinta-feira, Jota Quest, Ana Carolina, Ivete Sangalo, Banda Eva e Encontro do Forró, com a participação de Saia Rodada, Magníficos e Flavio José.
A principal atração fica por conta de Alanis Moressete. A canadense tocará no sábado pela primeira vez em Salvador.
