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terça-feira, 18 de novembro de 2008

mais noticias da tv




Renato Aragão grava especial de Natal ao lado da filha
" Uma noite no castelo" será exibido no dia 25 de dezembro na Globo
Com pitadas de humor e sensibilidade, o programa promete agradar.
Pelo menos no que diz respeito às beldades que foram escaladas para compor o elenco.
Além da filha, Lívian Aragão, contracenam também com o humorista a linda morena Débora Nascimento, a loiríssima Fiorella Matheis, o galã Alexandre Slavieiro e Ricardo Blat.




Brad Pitt é ridicularizado pelo tamanho de seu pênis
Brad Pitt é considerado um dos homens mais bonitos do mundo, mas ao que parece não é muito bem dotado
O mais famoso agente de celebridades de Hollywood, Todd Shermarya, está em apuros. Ele vem sendo processado por ridicularizar vários ex- clientes. Entre os insultados estão Brad Pitt, Angelina Jolie e Jennifer Aniston.
Um ex-empregado de Shermarya deu entrada no processo, em um tribunal de Los Angeles.
Segundo o antigo funcionário, há provas documentais que mostram que o agente usou fotos de Brad Pitt nu, feitas em 1997, onde supostamente ironizava o galã por causa do tamanho pouco favorecido de seu pênis.
Como informa a Revista National Enquirer, o agente também é acusado de receber presentes em nome dos artistas, como relógios de grife e roupas de estilistas famosos.
Shermarya nega todas as acusações.




Stallone visita a Bulgária em busca de locações para 'Rambo V'
O ator Sylvester Stallone visitou a Bulgária,




em busca de locações para Rambo V.No país, o ator encontrou com o prefeito da cidade de Sofia, Boyco Borisov. Os dois tiveram reuniões para discutir sobre a possibilidade de locações para o novo filme da franquia Rambo.
Maiores informações sobre as reuniões não foram divulgadas.
Há meses circulam boatos de que a Bulgária terá locações para o novo filme. As gravações, caso sejam realizadas no país, serão feitas nas proximidades da montanha Vitosha.
Stallone também visitou os estúdios da Nu Boyana e da Worldwide FX, que produziu os efeitos especiais de Rambo 4.




Pica-Pau faz aniversário na Record
Neste mês de novembro o Pica-Pau comemora 2 anos no ar na Record.
Desde sua estréia em 2006, o desenho manteve-se na vice-liderança com ótimos índices (horário noturno das 18 e 19h30).
A média fechada de "A Turma do Pica-Pau" em 2006 foi de 7 pontos de média, em 2007 foi de 10 pontos de média e a parcial de 2008, até outubro, é de 11 pontos de média.
O desenho do Pica-Pau está desde março/2007 isolado na vice-liderança só perdendo para Rede Globo.




Sylvester Stallone só quer atores feios em seu próximo filme
Atualmente o ator está trabalhando no roteiro de seu novo filme "The Expendables” (Os Dispensáveis), no qual irá protagonizar ao lado de Jason Statham e Jet Li.
A aventura deverá fugir do estereótipo sempre usado com Stallone, onde sangue e violência tomam conta da história.
Além do enredo ser tranqüilo, nada de rostinho bonito na tela.
"Levando em conta que 'Onze Homens e Um Segredo´ era um filme que procurava atores bonitos, esse é um longa que só recruta homens feios", brincou o ator.




Luana Piovani: “ Não aprovo animais em circos”
A atriz fez bonito ao dizer que era contra apresentações circenses com bichos
A declaração foi feita no último domingo (9), no programa “ Domingão do Faustão”.
Luana foi uma das juradas do quadro “ Circo do Faustão”, e fez o comentário ao julgar um número de mágica que usavam pombas.




Ensaio Sobre a Cegueira: Uma Nova Visão de Mundo
Em uma história que já tem alguns anos de descoberta e intimidade, eu comprei o Ensaio Sobre a Cegueira, romance laureado com o Prêmio Nobel de Literatura para o seu autor, José Saramago. Quando acabei de ler a última página, após quase quatro dias de intensa leitura, vi que estava face a face com um dos meus livros favoritos de todos os tempos. Um livro que a narrativa te traga para dentro da ação, mesmo sendo uma quantidade massiva de texto, com parágrafos que por certas vezes duram três páginas. Mas a história era tão maravilhosa, com uma mensagem tão perturbadora e chocante, mas ao mesmo tempo tão bonita, e por mais contraditório que parecesse, era assim mesmo, uma história humana e cheia de percalços.
Era uma obra que há tempos tentavam adaptar para o cinema. José Saramago já havia negado algumas vezes os pedidos para adaptação. Inclusive, o próprio diretor do longa, Fernando Meirelles, já havia falhado em tentar convencer o autor português a filmar sua obra no início da década, mas seu pedido havia sido recusado. Então, em 2006, por pura coincidência, um produtor entrou em contato com Fernando e lhe enviou o roteiro de Ensaio Sobre a Cegueira, que Saramago havia finalmente autorizado.
Assim que começou a tomar forma na sétima arte a história de uma súbita epidemia de cegueira branca que, ao invés da negra ausência de luz normal, mergulha a vista do contaminado em intensa luz branca. Como medida provisória para conter o descontrolado contágio, o governo confina todos os cegos em quarentena, em lugares cercados por guardas armados para impedir a saída de qualquer infectado. Entre os confinados estão um médico oftamologista (Mark Ruffalo), sua mulher e única pessoa que não perdeu a visão (Juliane Moore), uma prostituta (Alice Braga), um velho senhor caolho (Danny Glover), o primeiro cego e a sua mulher, que são japoneses (Yusuke Isseya e Yoshino Kimura), um ladrão (Don McKellar, também roteirista) e um cruel e sarcástico barman (Gael Garcia Bernal).
Após algum tempo de confinamento em que o médico e sua mulher tentam fazer com que as pessoas das três alas da quarentena sejam fraternas e solidárias na dor, o cruel barman que estava instalado na terceira ala, a mais próxima à porta de entrada, começa a racionar a comida para as outras alas e ao invés de colaborar com o sistema democrático por meio de representantes como quis fazer o médico, se autodeclara o Rei de uma monarquia que subjugará os outros cegos, que cada vez mais irá aumentar os seus absurdos pedidos até o limite do aceitável.
Eis porque meu medo em fazer listas de melhores filmes da década antes da mesma terminar, era assim tão grande; porque quando eu achei que nada podia equiparar-se em meu parecer com Sangue Negro, Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e O Pianista, eis que Meirelles surge com esse filme que eu só posso resumir como brilhante, e notar como certa parte da crítica foi tão cega (vamos lá, vocês queriam um trocadilho, certo?) ao fechar os olhos a um filme tão inovador em praticamente todos os aspectos.
Para começar, o trio formado pelo diretor Fernando Meirelles, o fotógrafo César Charlone e o responsável pela edição, Daniel Rezende, ‘panelinha' esta que perdura desde Cidade de Deus e ao que tudo indicada parece ser um verdadeiro "dream team" do novo cinema, trouxeram à luz um visual nada mais nada menos que arrojado, belíssimo e que beira a genialidade. A própria narrativa visual do filme se encarrega de nos passar toda a dramaticidade e agonia de uma situação tão aterradora feito essa. Ora tudo fica iluminado, ora somos imersos em escuridão completa, ora os cenários são opressivamente brancos, por vezes tudo fica desesperador de tão escuro. A câmera é viajante, perde e recupera o foco, vai entre objetividade e a primeira pessoa, viaja pelo espaço e se prende a personagens... Só por essa parte visual tão belíssima, o filme já valeria por si só.
Isso se o conteúdo não fosse menos brilhante, mas não. O poder da alegoria do filme é, simplesmente, arrasador. Ao invés de se apresentar como um filme de terror convencional - já que muitos usuários de internet da língua inglesa, quando viram o teaser do filme, acharam que era apenas uma cópia de filmes medíocres e medianos como Eu Sou A Lenda e Extermínio. Fato este que, obviamente, irritou os fãs da obra original. Mas o tempo serviu para mostrar a todo o mundo que não conhecia a magnum opus de Saramago o grande filme que temos em mãos. Para ver, ouvir (sim, ouvir, poucas vezes o som foi tão importante quanto nessa obra), refletir, criticar, pensar, e último, mas não menos importante, sentir o impacto da obra. Don McKellar tem um imenso poder de síntese e soube dar uma linguagem toda cinematográfica a um livro de narrativa tão difícil à uma primeira vista.
E que obra, meus caros. Deixemos a comparação com o livro para lá. O cinema e a literatura são duas mídias, e principalmente, duas artes totalmente diferentes, com linguagem, forma de dialogar com o público, estrutura e composição bem diferentes entre si, por mais que os dois andem juntos há muito tempo e possuam certas semelhanças entre si. Ouso dizer que Ensaio Sobre a Cegueira é o maior filme, e a obra-prima de Fernando Meirelles, por mais excelentes e brilhantes que sejam Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel. Certos pontos da história adquirem novas formas e interpretações. No livro, por exemplo, o rei da terceira ala era unidimensional, sadismo em estado absoluto; aqui, interpretado genialmente por Gael Garcia Bernal (que interferiu bastante na criação do personagem) em um de seus melhores papéis, aparece muito mais verossímil com relação ao mundo no qual os personagens vivem; um ser humano seriamente desequilibrado, mas que tem suas próprias motivações, desejos e receios. Deixa de ser um frio absolutista para se tornar mais um daqueles ditadores em potencial que surgem durante situações catastróficas e mentes fragilizadas e facilmente domináveis seguem sem titubear. Não foi assim que gente como Hitler chegou ao poder, aproveitando-se da mentalidade fragilizada da Alemanha pós-Primeira Guerra?
Outro espetáculo à parte em termos de dramaturgia é, como não podia deixar de ser, Juliane Moore como a mulher do médico, a única pessoa a salvo da cegueira branca. Simplesmente sublime, emoção à flor da pele, de fazer arrepiar. Ao invés de isso ser constatado como sorte, se mostra um dos fardos mais difíceis de carregar de todos. De ser testemunha ocular de toda aquela degradação humana, com urina, fezes, detritos e pessoas espalhados grotescamente pelo local - apesar de não ser tão rico graficamente como se esperava do livro de Saramago, a própria decupagem de planos já é capaz de fazer um frio subir pela espinha - de ver como as pessoas abdicam da própria integridade, honra e dignidade quando tudo que resta é a vontade de sobreviver. Ver como a moral de muitas pessoas é tão facilmente corruptível assim que elas se encontram em alguma situação difícil. Ver como tantos eram cegos antes mesmo de perderem a visão.
Danny Glover, como o velho caolho e alter-ego de Saramago na história, acrescenta dolorosa maturidade à história. Mark Ruffalo, surpreendente, consegue ir de certa arrogância até imensa fragilidade. Alice Braga soube construir uma personagem ao mesmo tempo valente, orgulhosa e decidida, mas ao mesmo tempo acrescentou ao que poderia ser uma femme fatale vários tons de carência, fraternidade e sensibilidade. Os únicos japoneses do elenco, Yusuke e Yoshino, souberam construir um casal caótico, que muito discute e pouco se fala, e cravejar com pérolas de sabedoria asiática um dos arcos dramáticos mais sensíveis e emocionantes da trama.
Mesmo que nem todas as cenas sejam como os fãs de Saramago haviam idealizado, sob as lentes de Meirelles o filme ganhou nova grandiosidade, nova leitura nos personagens, e uma intensidade que, apesar de semelhante ao livro, consegue ser completamente distinta. Esta é, indubitavelmente, a formatura de Fernando como um dos grandes cineastas do nosso tempo. Vista como obra cinematográfica ao invés de apenas mera adaptação, O Ensaio Sobre a Cegueira é, em méritos qualitativos, um dos filmes da década. O conjunto final de tudo o que foi descrita ainda, a soma de tantos fatores positivos, me fez ter uma sensação estranha: de como se tivesse acabado de ler o livro pela primeira vez, mesmo já tendo lido. E em uma tela de cinema. A sensibilidade e a mensagem continuam indelevelmente marcantes.
Como a tagline do filme afirmou, sua visão de mundo irá mudar. Ou pelo menos, será um pouquinho repensada. Qual time você fará parte? Dos que vendem sua dignidade humana à subserviência ou prefere abrir os olhos e tentar fazer a diferença em um mundo tão adverso?
"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".