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quinta-feira, 10 de julho de 2008

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“Nunca pensei que faria tanto sucesso e ainda não sei o que quero para o futuro”, diz Natália Casassola

Ficar com o segundo lugar no “Big Brother Brasil 8”, ser capa da Playboy de julho e viajar o Brasil a trabalho são acontecimentos muito bem-vindos, porém inesperados para Natália Casassola. “Estou realizando um sonho atrás do outro. Nunca pensei que faria tanto sucesso e ainda não sei o que quero para o futuro. Penso mais ou menos em ser apresentadora ou jornalista, algo que não tenha a ver com atuação”, disse a ex-BBB na tarde de quinta-feira (10), pouco antes de participar do videochat do iG, em São Paulo.

A melhor parte da divulgação da Playboy, para ela, é poder ir diversos lugares do Brasil. “Viajar o tempo todo e ainda ganhar para isso é muito bom”, afirmou, sorridente. “Se bem que não tenho chance de conhecer os lugares como eu gostaria, porque chego, trabalho, e muitas vezes tenho de ir embora no mesmo dia”, lamentou.

Com maquiagem e cabelos feitos por Bruno, do salão de Marco Antônio di Biaggi, Natália estava acompanhada do namorado, Cassiano Gonçalves. Abraçados o tempo todo, eles têm uma história antiga. Ela contou: “Namoramos um tempão, desde 2004, 2005. Moramos juntos em Florianópolis. Daí tivemos uma briguinha, terminamos e eu entrei na casa. Na saída, nos reencontramos e voltamos. Estamos felizes.”


Wanessa Camargo vira Fada das Rosas na “Turma do Didi”

A cantora Wanessa Camargo faz uma participação especial em “A Turma do Didi” deste domingo (13). Ela será a Fada das Rosas que, com Didi (Renato Aragão), socorre duas crianças em apuros na selva. A menina, perdida, pede ajuda para encontrar seu irmão, seqüestrado pela Bruxa Churumela (Daniel Del Sarto) enquanto brincavam na floresta.

A feiticeira precisa do cheiro do pé de uma criança para preparar uma poção para um importante encontro das bruxas, mas se vê em apuros quando Didi e a fadinha chegam ao castelo à procura do garoto.

O episódio “A Fada das Rosas” foi gravado na Central Globo de Produção, em Jacarepaguá.


“Teve momentos em que coloquei o teatro na frente do meu filho”, diz Marcos Caruso em entrevista exclusiva
Lívia Machado e Henrique Melhado Barbosa
Marcos Caruso é, nas suas próprias palavras, um obstinado. Autor de “Trair e Coçar É Só Começar”, a peça mais encenada no Brasil e há 22 anos em cartaz — e que virou filme em 2006 —, ele se apresenta como um profissional multifacetado, que gosta de trabalhar em todas as áreas e gêneros do meio artístico. Ele também é um artista completamente à vontade e satisfeito com sua carreira. Sabe o que deseja e assume que o teatro sempre esteve à frente de tudo em sua vida. "Teve momentos em que coloquei o teatro na frente da minha família, do meu filho, de uma forma inacreditável", revela.



Rede Globo/Divulgação
No último capítulo de "Mulheres Apaixonadas", da Globo, seu personagem Carlão deu uma surra na filha Dóris (Regiane Alves)

Confira a seguir os principais trechos da entrevista exclusiva que o ator concedeu ao Babado.

Babado: Na sua biografia, escrita por Eliana Rocha, você conta que sua paixão pelo teatro começou quando ganhou bonecos de fantoche de sua tia Helena aos 6 anos. Conte um pouco dessa paixão que já dura tanto tempo.

Naturalmente, esses fantoches foram o saca-rolha de uma carreira que já devia existir dentro de mim, apenas um pretexto para que eu explodisse. Já a paixão... Eu prefiro a palavra obstinação, no sentido de que sem o teatro eu não conseguiria viver ou sobreviver. O teatro sempre foi minha primeira casa, sempre coloquei o teatro na frente de tudo. Teve momentos em que coloquei o teatro na frente da minha família, do meu filho, de uma forma inacreditável. Não que eu amasse mais o teatro que um filho meu, mas faltava a reuniões de família, por exemplo. Essa paixão se estende até hoje. Não abro mão do teatro para fazer uma novela, uma viagem ou um filme.

Babado: Você é um autor de peças cômicas e, como ator, interpreta papéis mais sérios. Por que isso acontece?

É uma opção de vida, nasci e vivo com humor. Por meio de minhas peças, tanto as que eu escrevi sozinho como as que escrevi com a Jandira Martini, acabo falando de coisas dramáticas, muitas vezes trágicas, sobre a política e a economia do País, mas utilizando o humor. Como autor, é a minha arma. Acho que se eu escrevesse sobre esses temas sem humor, não teria um bom público na platéia. Já é tudo muito pesado; com carga dramática, ficaria insuportável.Já como ator, faço papéis mais dramáticos na televisão e é extremamente gratificante, posso exercitar um lado que eu ainda não trabalhei da forma como gostaria no teatro.

Jandira Martini e Marcos Caruso

Babado: Como é sua parceria com a Jandira Martini, depois de tantos anos escrevendo peças juntos?

Nós nos completamos, somos absolutamente opostos. Sou ansioso, imediatista, prolixo, e a Jandira é calma, sucinta, centrada e calada. Eu sou um falastrão, falo o que penso. Ela pensa muito antes de falar. Eu dou a ela dinamismo e ela me dá calma. Mas temos o mesmo tipo de humor, rimos das mesmas coisas, gostamos de falar sobre os mesmos temas. E temos um sistema de trabalho que criamos e só funciona para nós, não para qualquer autor: escolhemos o tema, os personagens, desenvolvemos a ação e, depois, cada um vai para casa e escreve metade da peça. Depois nos encontramos com as duas metades, juntamos tudo e continuamos escrevendo e interpretando os personagens. Damos para os atores um texto já mastigado, cheio de improvisações. Rimos muito.

Babado: E qual é a sensação de ser autor da peça que está há mais tempo em cartaz no País?

Sempre me perguntam isso e não sei a resposta. Ainda não acredito. A cada ano que passa, me surpreendo pelo fato de ela estar mais um ano em cartaz. Acho que é por ser uma comédia, por ter uma personagem central, a empregada, que é universal e pela produção e elenco fantásticos. É uma peça que agrada todas as idades, crianças e idosos morrem de rir. Fico impressionado por estar há 22 anos em cartaz, mas não me impressionaria se ficasse mais 22. Quase 3 milhões de pessoas já riram com ela, e essa é a maior gratificação que eu poderia ter na vida. Se eu tenho uma missão na Terra, acho que a cumpri.

Babado: Você tem um carinho especial por algum personagem que interpretou na TV?

Tem o Padre Inácio, que acabei de fazer em “Desejo Proibido”, da Globo. Era extremamente simpático, bonachão, deu para fazer um sotaque muito fino, esganiçado. E também o Alex, de “Páginas da Vida”, com quem tive a oportunidade de emocionar o País. Estou muito feliz com a profissão que abracei e com o lugar onde consegui chegar.

Rede Globo/Divulgação
Em "Desejo Proibido", como Padre Inácio, casando Laura (Fernanda Vasconcellos) e e Miguel (Murilo Rosa)

Babado: Como você avalia as novelas com efeitos especiais?

Acho bem complicado responder essa pergunta, dá uma tese de mestrado. As novelas que se preocupam e estão calcadas em efeitos especiais, e não nos personagens, estão fadadas ao fracasso, porque a ação tem de estar presente no personagem. É disso que o público gosta, é o ator que emociona.

Babado: O SBT está negociando atualmente a compra dos direitos de “Ana Raio e Zé Trovão”, que você escreveu com a Rita Buzzar. Isso de alguma forma te estimula a voltar a escrever novelas?

O SBT está negociando com quem se o autor sou eu? (risos) Não, não me estimula, pelo contrário. Foi uma época maravilhosa, sofrida, horrível, deliciosa, um amargor terrível e um algodão doce no céu, tudo ao mesmo tempo. Uma montanha russa, mas já passei por isso. Hoje eu escreveria uma minissérie, um especial. Tenho um leque de opções muito grande na minha carreira, mas não me vejo com autor de novelas. Eu seria muito rico e poderoso, mas não seria feliz.

Este é Marcos Caruso:

Qual palavra gosta mais de ouvir?Fraternidade.

Se não fosse ator, qual profissão gostaria de ter?Guia turístico.

Que profissão não gostaria de exercer?Puxa-saco.

Qual o seu palavrão favorito?Merda.

O que te dá tesão na vida?Estar diante de um grande ator.

Se o paraíso existir, o que você gostaria de ouvir de Deus quando chegasse lá em cima?“Parabéns, você cumpriu seu papel!”