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quinta-feira, 25 de junho de 2009

A remota Jordânia serve de cenário para as gravações de "Viver a Vida", nova novela das oito

Um calor de mais de 40 graus, o ar seco típico do deserto, escadarias e caminhadas fatigantes para chegar aos sets. Somando-se a isso, camelos, burros, turistas, mercadores oferecendo os melhores preços, muçulmanos entortando o nariz para os trajes ocidentais, beduínos... Uma infinidade de situações nada comuns aos olhos tupiniquins compuseram o cenário das gravações de "Viver a Vida" - próxima novela das oito da Globo -, na Jordânia, no Oriente Médio. "As dificuldades são muitas, mas vale a pena. O Brasil é um país de maioria católica, teremos a oportunidade de mostrar os percursos de Jesus. É um lugar mágico", define o entusiasmado diretor Jayme Monjardim.



Embalados pelo clima "aventureiro" e com energia para subir os quase 900 degraus que levam ao Monastério de Petra - uma das locações - sem perder o ânimo, os atores esbanjaram simpatia. "Sou abençoado por ter uma profissão que me permite isso. Quando imaginei que conheceria um lugar como esse?", questiona Thiago Lacerda, admirado com o abismo à sua frente.

Além da equipe de 27 brasileiros enviada ao país, foi contratada uma produtora local, que elevou para 47 o número de profissionais técnicos envolvidos. Isso sem contar com as equipes de maquiadores, figurinistas e fotografia, chefiados, respectivamente, por Fernando Torquatto, Marie Salles e Affonso Beato. "Para o Thiago (Lacerda), me inspirei no visual do Brad Pitt no filme 'Babel'. Já a Taís (Araújo) abusa de cores vibrantes, a Alinne (Moraes) é básica e o Rodrigo (Hilbert) adota o estilo aventureiro", explica Marie.

O transporte dos equipamentos foi uma das maiores dificuldades enfrentadas. O conturbado acesso às locações torna o burro o melhor - e mais seguro - meio de transporte. Houve também problemas com a língua; O idioma oficial é o árabe e o inglês de muitos pode ser classificado como sofrível, assim como a comunicação em geral. Segundo a chefe de produção Cláudia Braga, os orientais não são lá muito adeptos da objetividade. "Eles adoram discutir, argumentar... Dão várias voltas para resolver um assunto simples. Mas têm boa vontade", diverte-se.

A trama de Manoel Carlos estreia dia 21 de setembro com a promessa de mostrar, através do título autoexplicativo, a importância de se superar as dificuldades impostas pelo destino e "viver a vida" da melhor forma possível. No núcleo da história, está Taís Araújo na pele de Helena - alcunha indispensável às protagonistas do autor -, uma modelo famosa que se encanta por um homem mais velho, Marcos (José Mayer), e casa-se com ele. Como em um folhetim que se preze, porém, não faltam dissabores: o empresário é pai da maior rival de Helena nas passarelas, Luciana (Alinne Moraes). "A Luciana é muito apegada ao pai e não aceita vê-lo com uma mulher mais nova. Ainda mais sua principal rival, de quem ela sente uma ponta de inveja", conta Alinne Moraes.

Mas logo Marcos pede à esposa que abandone a glamourosa carreira. Por amor, Helena faz a concessão, mas se dá ao direito de desfilar pela última vez. É quando ela segue para a Jordânia, onde, supostamente, fará seu último trabalho. Lá, ela conhece o "bon vivant" Bruno (Thiago Lacerda), fotógrafo que viaja pelo mundo em busca dos melhores ângulos, e seu amigo, o aventureiro Felipe (Rodrigo Hilbert). Mesmo casada, é inegável a atração que ela sente por Bruno. Mais atirada e disposta a aproveitar a viagem e "desbravar" o local ao lado dos dois, Luciana sofre um grave acidente, que a deixa tetraplégica. A fatalidade, é claro, influencia a vida de vários personagens. "Vamos mostrar a importância da superação, de como é necessário seguir em frente", adianta uma empolgada e bem-humorada Taís.

Com um custo médio de R$ 430 mil por capítulo, "Viver a Vida" já conta com cinco capítulos de frente e um cronograma internacional que começou em Israel em maio e vai totalizar 46 dias no fim do mês, após as gravações em Paris, na França. Tudo controlado e previamente calculado pelo disciplinado Jayme Monjardim, que fez uma viagem de 10 dias em fevereiro para escolher as locações. "Já cheguei aqui sabendo exatamente o que iria fazer. Com tudo que envolve um trabalho desses, talvez logisticamente o mais difícil da minha carreira, não dá para ficar mudando de ideia de última hora", ensina.