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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Jogo Duro...de aturar


Você se lembra do reality No Limite, exibido pela TV Globo há alguns anos? Antecessor do fenômeno BBB, o programa tinha como temática a realização de provas que, assim como o próprio nome sugere, testariam o limite de cada participante na busca por um prêmio em dinheiro.

Não chegou a esquentar a cadeira, mas durou tempo suficiente para despertar a curiosidade das produções de TV que, desde então, vira e mexe inventam alguma brincadeira com bichos nojentos, insetos pegajosos e culinária exótica, regada a muito olho-de-cabra e vermes de tronco.

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O tempo passou... Casa dos Artistas, Acorrentados, A Fazenda, muitos BBBs e afins, passaram por nossas vidas. Até que a mesma TV Globo resolveu lançar um novo reality (talvez não tão novo assim), com traços do anterior.

Desde o último dia 07 de junho está no ar a atração Jogo Duro, apresentado pelo ator Paulinho Vilhena (muito bem no papel, por sinal) e tendo Boninho (responsável também pelo BBB) como diretor de núcleo. No programa, um grupo de aventureiros resolve testar seus limites através de provas, para lá de nojentas, em busca de um prêmio em dinheiro.

Para cada prova, há um tempo limite. Apressado demais perde em número de cédulas. Já aos gananciosos, cuidado! Os mesmos correm o risco de ficar por último e ser eliminado. No final de cada etapa, quem arrecadar o menor valor dança. Enquanto isso, a soma arrecadada por todos se reverte em crédito para o final do programa. Ou seja, o vencedor (escolhido pelo púbico através do telefone) leva a bolada para casa.

Em três semanas, assisti a dois programas apenas. E apesar de ter insistido no último domingo, minha primeira impressão já não havia sido muito boa. Primeiro, as provas são muito parecidas... Bichos e insetos espalhados para todos os lados, em meio àquelas cédulas que devem ser resgatadas. A ideia que nos passa é a de que os participantes mudaram apenas de cômodo.

Segundo, confesso ter ficado com pena dos bichinhos. Mais até que dos participantes. E olha que não deve ser nada agradável ficar no meio de cobras, ratos, baratas, sapos, entre outros, que prefiro nem comentar.

Então, que os ativistas me ouçam! Achei uma crueldade prender um bando de pombos em um quarto minúsculo, cobras num local em inundação e ainda, sapos junto com ratos no esgoto.

Tá certo, a cidade está poluída. Mas não precisamos piorar a situação. Lugar de sapo é no brejo, cobra é no mato e pombo, nas sacadas de prédios, antenas de televisão ou cabos de telefone, sei lá.

O programa é grotesco! E para piorar, sua última edição teve cenas em um frigorífico onde, pela reclamação dos participantes em relação ao cheiro, deveria ter carne em decomposição. Num país onde a fome se propaga, minha gente.

Admiro muito o Boninho, pela forma como ele comanda outras produções globais, e mais ainda a TV Globo, emissora responsável por muitas produções impecáveis. Mas dessa vez, pecou feio. Pronto, tá dado o recado!

Ah, e o No Limite, lembrado no início da coluna, volta em meados de julho, com temporada inédito. É aguardar pra ver!