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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Eu compro o Véu da Noiva

No último dia 16 de junho o SBT estreou a telenovela Vende-se Um véu de Noiva, baseada na obra de Janete Clair.
Antes de estrear, o folhetim, adaptado por Íris Abravanel, já havia mostrado amadurecimento do SBT. Primeiro pelo fato de emendar uma trama da outra, afinal, estreou na seqüência de Revelação, e isso já é um tremendo feito em se tratando de SBT - ainda mais ao lembrar que a mesma Revelação demorou quase um ano para entrar em cena.
Mas isso foi a ponta do iceberg. A emissora de Silvio Santos, finalmente, aprendeu a divulgar suas produções. Só Véu de Noiva teve ao menos três tipos de chamadas, além de ganhar um SBT Repórter dedicado a Janete Clair, entrevista de Íris ao Hebe, matérias nos jornalísticos e demais atrações da casa.
Convites para conferir não faltaram, e, todos eles, eficientes. Mas o melhor estava por vir. Já na estreia pudemos ver uma tremenda evolução neste segmento. Não que o canal não saiba fazer telenovelas, porque já soube e coleciona belas produções, como Éramos Seis e Fascinação. Contudo, desde a parceria com a Televisa, parece que perderam a mão, e, agora, meio que tiveram que começar do zero.
Paisagens de encher os olhos, trilha sonora impecável e uma vilã que já chegou mostrando a que veio. Samantha Dalsoglio, Eunice, nem tentou enganar os telespectadores se fazendo de boa moça e muito menos passou um longo período fazendo a mocinha de tola: já partiu pro abate e tanto fez que logo causou a morte de Maria Célia, e, aí... bem, o que foi a cena da morte de Maria Célia? Foi caprichada e convincente.
Outro destaque ficou por conta de uma das revelações de 2009, e é uma pena que ela participe apenas da primeira fase. Falo de Márcia de Oliveira, a aloprada doméstica Isabel. O que eu já ri com essa criatura não está escrito no gibi! E o melhor de tudo: provou saber fazer tanto humor quanto drama. Merece ser escalada em próximas produções.
Mas nem tudo são flores. Vende-se Um Véu de Noiva não tem um elenco que se diga “nossa, que maravilha”, e, por isso, carece de direção mais eficiente. Parte do elenco está sofrível. O que dizer sobre Nando Rodrigues, o Rubens? Atuação caricata e muito mal feita. Como ele conseguiu o papel de protagonista na primeira fase?
A questão é: o principal de uma novela, o folhetim cumpriu, ou seja, criar a vontade de assistir no dia seguinte, com bons ganchos. O problema, neste momento, é que o SBT está entrando em uma nova fase, e, dessa forma, está recuperando a confiança do telespectador. Sugiro, urgentemente, um relançamento do folhetim com a reexibição dos primeiros capítulos. O telespectador precisa descobrir o que está perdendo.
A coluna Cena Aberta recomenda. É o que dizia a chamada, mas não exatamente com aquelas palavras: é uma boa novela, dê uma chance, e, se não gostar, mude de canal.
E, hoje, não percam, tem início a segunda fase do folhetim!