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terça-feira, 16 de junho de 2009

Com elenco repetido, SBT estreia trama baseada na obra de Janete Clair




O SBT está decidido: quer porque quer um lugar ao sol na teledramaturgia brasileira. Tanto que, mesmo depois da malfadada "Revelação" - que alcançou a ínfima média de 7 pontos de audiência -, estreia nesta terça (16), às 22 horas, "Vende-se Um Véu de Noiva".
Com direção geral de Del Rangel, texto de Íris Abravanel e elenco quase inteiramente repetido da trama anterior, a nova novela do SBT é baseada na radionovela homônima escrita por Janete Clair na década de 60 para a Rádio Nacional. "Escolhi a Janete Clair porque o texto dela prende, ela escreve muito bem. Além de eu me identificar muito com ela, que se dedicou primeiro à família e depois ao trabalho", conta Íris, que, desta vez, ao contrário de "Revelação", que foi ao ar totalmente gravada, está tendo a oportunidade de escrever uma "obra aberta". "A maior dificuldade de 'Revelação' foi não ter podido aparar as arestas por já estar tudo gravado. E nós fazemos a novela para agradar o público. Se ele não estiver gostando, vamos ter de mudar, reescrever, refazer", reconhece.

Para levar o texto de Janete Clair do rádio para a TV, a trama sofreu algumas modificações. Afinal, o original não dispunha de números de personagens necessários para a construção de uma telenovela moderna. "Apesar de ser a trama central de 'Vende-se um Véu de Noiva', tivemos de enxertar outros personagens para segurar os 188 capítulos", explica Del, acrescentando que a novela terá 65% das cenas gravadas em externas e com uso de técnicas cinematográficas. Para Del, o telespectador vai sentir uma inovação, já que as imagens ficaram bem diferentes do habitual. Ou seja, com uma qualidade bem melhor. "As casas, os lagos, o mar e o sol são reais. A forma como a novela está sendo construída tem uma verossimilhança com a realidade, mais próxima à linguagem do cinema", derrete-se.

Vendendo o peixe

A trama, ambientada no Guarujá, no litoral paulista, começa na década de 80 com o romance de Rubens Baronese (Nando Rodrigues) e Maria Célia (Thaís Pacholek). "A novela da Janete se passava em uma indústria têxtil e mudei para uma indústria pesqueira para vender melhor o nosso peixe", brinca Íris Abravanel. Grávida e, às vésperas de dar à luz ao primeiro filho, Eunice (Samantha Dalsoglio), prima de Maria Célia, entra inesperadamente na vida do jovem casal. Apesar da alegria de Maria Célia ao reencontrar sua prima, a presença de Eunice acaba por ameaçar a harmonia do casal, já que a moça está para lá de mal-intencionada. Após o parto, Maria Célia morre e o corpo do recém-nascido desaparece. Viúvo e desconsolado diante de tamanha tragédia, Rubens e Eunice terminam se casando e nasce Gustavo.

Passam-se 28 anos e um golpe do destino aproxima Gustavo Baronese (Daniel Alvim) e Eliana Vilela (Dayenne Mesquita) filha do maior inimigo de Eunice (Elaine Cristina). "É da Janete, é sucesso. Não quis ter acesso à radionovela para não me contaminar ao construir o personagem", conta Daniel Alvim, que estreia como protagonista na TV. Assim como ele, Dayenne Mesquita, a adorável Eliana, protagoniza sua primeira novela. Na pele da filha de Fabrício (Roberto Lopes) e Rita (Tânia Bondezan), a atriz vai ser a grande estrela da história. Até porque é a partir de uma drástica mudança no destino da moça que a história vai se desenrolar. "É que ela está de casamento marcado com Mário no dia da cerimônia sofre um acidente que muda a sua vida", adianta Dayenne.

Com um custo de R$ 180 mil por capítulo, a nova trama do SBT está sendo gravada com 8 câmaras de alta definição, o que, segundo Íris, não deixa nada a desejar às produções hollywoodianas. "A qualidade da novela não envergonha ninguém lá fora. E é trabalho nosso, brasileiro. É para a gente se orgulhar", derrete-se Íris, que não se mostra nem um pouco preocupada com a audiência. "Se mantivermos a mesma audiência de 'Revelação', que conquistou um público fiel, já está ótimo", minimiza a senhora Silvio Santos.



Por Carla Neves da coluna PopTevê.